Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns segundos...
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou o clima desfavorável à reforma da Previdência no Congresso Nacional nesta terça-feira, 15. Após reunião de líderes, Maia foi questionado sobre as reais probabilidades de o tema ser votado ainda este ano e se mostrou otimista.
"Hoje não tem voto, mas em algumas semanas acho que a gente consegue reorganizar os partidos que defendem a reforma da Previdência. É um tema único e da maior importância", argumentou.
Maia ainda comparou as medidas discutidas pela equipe econômica para cobrir o rombo das contas públicas com a aprovação da reforma. "Tudo que se pensa em corte de despesas é pífio e pequeno em relação ao que a Previdência pode dar de orçamento para a União, os estados e municípios", acrescentou.
CAFÉ DA MANHÃ
Na manhã desta terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados se reuniu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e líderes de partidos da base aliada para um café da manhã. O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira também participou. No encontro, os líderes avisaram Meirelles o que verbalizavam por meio da imprensa há algumas semanas: não será possível votar a reforma da Previdência agora.
"Eu disse a ele que não há ambiente político para votar [reforma da Previdência] agora", afirmou o líder do PSD na Câmara dos Deputados, Marcos Montes (PSD-MG). "Temos de criar um impacto político, que não sei qual é, em que o discurso seja um discurso com que a gente consiga convencer nossas bancadas", disse Marcos Montes, que foi um dos 11 deputados presentes no encontro na casa de Maia.
O líder do PSD, o mesmo partido de Meirelles, disse ao ministro que a base votou para "postergar" a investigação sobre o presidente Michel Temer para dar um "recado" ao mercado, mas que o impacto do aviso não foi "tão forte". "Pelo contrário, o discurso dele não foi feliz quando ele falou em aumentar imposto, quando, imediatamente, falou em votar a Previdência sem reorganizar a base. Então, desorganizou um pouco mais", declarou Montes.
A reorganização da base defendida pelo deputado significa a redistribuição de cargos na administração federal. Montes e outros líderes de partidos do chamado "Centrão" querem que Temer exonere de funções na gestão federal indicados por deputados que votaram a favor da denúncia contra ele na Câmara e nomeie no lugar deles afilhados políticos dos parlamentares fiéis - que votaram para barrar a apuração.
Fonte:http://www.fenepospetro.org.br