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A sociedade e os trabalhadores foram enganados com o golpe que tirou do poder uma presidente legítima. Deram um golpe dizendo que o Brasil melhoraria, que a economia prosperaria e que o emprego seria retomado. A afirmação foi pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, em entrevista ao site da FENEPOSPETRO. Ele argumenta que o povo brasileiro tem condições de anular a Reforma Trabalhista e mudar a política brasileira que está a serviço do capital. Segundo Vagner, a reforma trabalhista é contra o consumo e o crescimento do mercado interno, e ainda vai paralisar setores importantes da economia nacional. Ele diz que a Lei 13.467 vai retirar a renda do trabalhador. Para Vagner a nova legislação vai diminuir o consumo e, consequentemente, a produção das empresas e a arrecadação do Estado. Ele acredita que o movimento sindical tem condições de fazer esse debate com a sociedade. “Com esclarecimento, o trabalhador vai fazer as contas e perceber o quando a vida da sua família vai piorar.
Ele adverte que o Congresso Nacional é constituído pela pressão do capital e está a serviço dos grandes conglomerados econômicos. Vagner Freitas revela que os trabalhadores brasileiros também sofrem essa pressão do sistema que os exclui, já que o capital toma conta do Estado e não deixa que as ações sejam voltadas para os interesses da classe operária. O presidente da CUT chama a atenção para as eleições de 2018. Ele defende a eleição de um candidato que efetivamente represente os trabalhadores e que tenha condições de fazer um grande referendo nacional para revogar todas as ações constituídas no governo golpista.
É preciso eleger uma bancada nova no Congresso para representar os trabalhadores e não apenas os empresários. O povo brasileiro está desiludido, mas a única coisa que pode nos unificar é a luta. Se o povo está decepcionado e anestesiado temos que despertar nele a vontade de lutar. Não somos coitadinhos, o trabalhador precisa ter consciência da sua força, ressalta Vagner Freitas.
AÇÃO
A CUT vai tentar anular judicialmente a Lei 13.467 da Reforma Trabalhista. Nesse primeiro momento, a central está procurando as varas intermediárias regionais e não o Supremo Tribunal Federal, arguindo a inconstitucionalidade da lei, que fere artigos da constituição que não foram reformados. O presidente da central explica que não vai entrar com uma Ação Direta de Institucionalidade (ADIN) junto ao Supremo por entender que esse não é o melhor caminho. Vagner Freitas diz que os juízes das varas regionais se posicionaram publicamente contra a reforma e isso fortalece a luta da CUT e das demais centrais.
ANULAÇÃO DA LEI
A CUT lidera uma campanha de um Projeto de lei de iniciativa popular para revogar no Congresso Nacional a lei da Reforma Trabalhista. Para tentar anular a lei, a central precisa conseguir 1,3 milhão assinaturas. Vagner Freitas acredita que mesmo com um Congresso conservador, o projeto de iniciativa popular vai servir para mobilizar o Brasil e a opinião pública para pressionar os parlamentares. Ele afirma que os políticos precisam do voto para se reeleger. Segundo ele, a proposta visa criar um fato político, para que a CUT tenha apoio social e os eleitores desses deputados e senadores pressionem seus parlamentares.
COMUNICAÇÃO
O presidente da CUT frisa que o povo desconhece as consequências da reforma trabalhista porque a grande mídia trabalha para desinformar as pessoas. Vagner Freitas afirma que as pessoas só vão despertar para os malefícios da lei, no dia 13 de novembro quando a nova legislação entra em vigor:
_A partir dessa data a sociedade vai ver o quanto a reforma trabalhista é prejudicial. A sociedade vai despertar quando observar que o trabalhador, por exemplo, não terá como fazer um crediário numa loja de eletrodoméstico, porque não terá como comprovar renda, já que não tem emprego formal.
Vagner Freitas destaca que a grande falha do movimento sindical é não investir na comunicação unitária, que dê condições as centrais e aos sindicatos de informar ao trabalhador. Segundo ele, muitos sindicatos ainda não entenderam que a comunicação é um importante instrumento de luta. Vagner acrescenta que o sindicato que quer ser reconhecido como instrumento combativo tem que investir em comunicação para informar aos trabalhadores.
Fonte:http://www.fenepospetro.org.br